Visitando o clássico Mont Saint-Michel
Inicialmente, era relativamente modesto para os padrões da época. Mais tarde, seu filho Luis XIV ampliou e aprimorou o edifício e, finalmente, transferiu a corte para seus domínios..
Saiba maisInicialmente, era relativamente modesto para os padrões da época. Mais tarde, seu filho Luis XIV ampliou e aprimorou o edifício e, finalmente, transferiu a corte para seus domínios..
Saiba maisInicialmente, era relativamente modesto para os padrões da época. Mais tarde, seu filho Luis XIV ampliou e aprimorou o edifício e, finalmente, transferiu a corte para seus domínios..
Saiba maisInicialmente, era relativamente modesto para os padrões da época. Mais tarde, seu filho Luis XIV ampliou e aprimorou o edifício e, finalmente, transferiu a corte para seus domínios..
Saiba maisInicialmente, era relativamente modesto para os padrões da época. Mais tarde, seu filho Luis XIV ampliou e aprimorou o edifício e, finalmente, transferiu a corte para seus domínios..
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Você já sonhou em correr uma Maratona? Pois quero te apresentar um casal que fez da corrida um trampolim para a vida. Graças ao esporte, eles chegaram longe: fizeram a Maratona de Paris!
Conhecemos o Murillo e a Ludmila através de um amigo em comum. O Robinson estudou com o Egídio, padrinho de casamento do Murillo e da Lud. Um belo dia o Egídio teve a ideia de nos apresentar e foi rapport à primeira vista. Amamos o projeto e a história de vida do casal que hoje são nossos amigos. Foram 3 meses de conversa e aulas, para que a primeira viagem internacional dos dois se tornasse uma nova lua de mel.
Ajudamos com o francês mas principalmente com um roteiro bem personalizado, para que eles não se preocupassem com outra coisa a não ser a maratona de Paris.
Mas melhor do que eu, Dani, te contar essa história. Que tal “ouvir” do próprio Murillo a experiência deles?
O que mais tenho dito às pessoas que nos perguntam sobre a viagem é que Paris me impressionou porque todos os lugares mereciam uma foto. Dos pontos turísticos aos impecáveis bairros que mantem a cultura e a tradição de centenas de anos.
Não dá para lembrar de Paris e não sentir saudades. Tudo que vivemos na cidade luz foi marcante de alguma maneira. Nos faz sentir uma saudade absurda a cada lembrança e ainda nos emocionar com a memória que trouxemos de lá.
Como reflexão para escrever esse texto, tentei buscar na memória o momento que mais me marcou durante a viagem. Passamos por lugares incríveis e tivemos experiências memoráveis, mas a minha melhor lembrança foi dentro de um ônibus, acredita? Vou contar.
Assim que desembarcamos em Paris, ainda no aeroporto, compramos a passagem para o ônibus que nos levaria até o centro da cidade. De lá, partiríamos de metrô até o hotel. Ainda não tinha caído a ficha que já estávamos em Paris. Entramos no ônibus e acabei me distraindo com o celular. Quando ergui a cabeça para “ver” a cidade, passávamos ao lado da Torre Eiffel. Foi impactante! Deu um nó na garganta, um frio na barriga. Era o símbolo da concretização de uma viagem muito especial.
Foto: Vista que tive da janela do Le Bu Direct, caminho entre o aeroporto de Orly e nosso hotel.
Fomos a Paris para correr, mas também para realizar o nosso sonho de conhecer a cidade. E fizemos isso. Aparados pelo roteiro personalizado do Oh La La Dani fomos descobrindo cada pedacinho da cidade. E é super fácil chegar a todos os lugares lá, viu. O transporte público nos deu a possibilidade de perambular pela cidade sabendo quanto gastaríamos. Orientados pela Dani, compramos o Passe Navigo que nos deu direito a usar metro, ônibus e trem quantas vezes quiséssemos.
Da retirada do kit da Maratona de Paris a Basílica do Sagrado Coração (Sacré Coeur). Do hotel para ver a Torre Eiffel à noite. Do Atelier des Lumieres e a exposição imersiva do Van Gogh, a loja de roupas para espantar a frio. E ainda teve almoço no Marché des Enfants Rouges, Louvre, Jardim das Tulherias. Tudo de metro, seguindo o roteiro clicável que fizeram especialmente para nossa viagem.
Foto: Selfie da alegria, reconhecendo o nosso bairro: Montmartre! Segue a gente no instagram @gastandootenis
O sábado ainda tem uma corridinha para esticar as pernas e diminuir a ansiedade. E teve Igreja de Saint-Sulpice, as belas ruas da 6e arrondissement, Jardim de Luxemburgo, Panthéon, a biblioteca da Sorbonne, e coquetel da Schneider Eletric com a Torre ao fundo. Ah! Teve descanso por que o domingo prometia.
Sonhamos com Paris por cinco meses seguidos. Desde quando compramos as passagens e fechamos o hotel. Em novembro do ano passado, tínhamos a viagem na mão e milhares de incertezas. Sempre nos perguntávamos se teríamos condições de concluir a primeira maratona. Era difícil prever, mas nos dedicamos. Muito! Mas muito mesmo.
De janeiro, quando iniciamos a preparação voltada especificamente para prova, até o dia 14 de abril (data da prova) corremos mais de 700 quilômetros. Não teve nenhum final de semana de manhã e nenhum sábado de descanso. Mudamos nossa alimentação, reorganizamos nossa rotina e treinamos. Fomos para a academia quando a cabeça pedia mais um pouco de sono, enfrentamos o sofá quando a planilha pedia 30 quilômetros de treinos, comemos alface quando criamos comer hambúrguer.
Mas quando desembarcamos em Paris sabíamos: estávamos preparados. Percorremos um caminho lindo até chegar à cidade luz. Nos conhecemos de diversas maneiras. Fomos ao nosso limite e redescobrimos nossa capacidade de enfrentar as adversidades.
A Maratona de Paris nos surpreendeu. Pela energia que a cidade nos passava, mas também pela temperatura. Nos preparamos para correr com 9 graus, mas largamos com 2 e sensação térmica de 0. Era um frio inesperado e de congelar os ossos. E, apesar da mesma distância, tivemos provas diferentes, cada um com uma experiência.
Podemos dizer que a Ludmila não fez a preparação dos sonhos. Apesar de ter cumprido tudo a risca, teve que reprogramar os treinos logo no começo por conta de uma lesão no lábio acetabular. Mas não se abalou. Pelo contrário. Encontrou a possibilidade para se superar, e treinar a resiliência e resistência. Em Paris, a proposta era terminar a maratona bem e sem dores. E sabe como ela terminou? SAMBANDO. Ela realizou o sonho nas ruas de Paris e os últimos metros foram dançando. Ah! Com agachadinha no final depois 5 horas de prova.
Sonhei com cada detalhe da Maratona de Paris. Otimista que sou, projetei os melhores dos mundos para cada quilômetro que ia percorrer. Mas o esporte não é uma matemática exata, certo? Sai da Champs Elysées com uma programação ousada e, mesmo com o frio, decidi manter a programação e correr a 4:30 min/km.
Durante 30 quilômetros esqueci o nariz amortecido e a dificuldade de respirar, e me mantive firme. Mas a coisa começou a mudar de figura quando senti os primeiros sinais de câimbras. Depois de mais alguns quilômetros, a dor foi ficando mais frequente e intensa. No km 40, dentro do Parque Bois de Boulogne, estava sentindo muito frio. Em dois momentos, minhas pernas pararam. O corpo já não respondia aos estímulos do cérebro. Voltei a trotar depois de alguns metros.
A partir desse momento, não teve físico e mente. Teve coração. E para terminar a prova, peguei a carona mais importante da minha vida: em um carrinho da Hot Wheels. O Álvaro, nosso filho, tinha me dado esse carrinho no dia anterior ao nosso embarque. Era para lembrar dele quando estivesse viajando. Ele me acompanhou em cada canto da viagem. E não poderia ser diferente na realização desse meu sonho. Ele correu comigo a Maratona de Paris. E quando a dor apertou, segurei firme no carrinho amarelo e fui até o final. Ele me fez maratonista em 03:25:48!
Realizamos o sonho de conhecer Paris, de correr uma maratona, mas tínhamos mais sonhos a se realizar nessa viagem. Conhecer o Mont Saint-Michel era um deles. Localizado na Normandia, a 360 km de Paris, ele foi construído ao redor abadia dedicada a São Miguel Arcanjo. Além da beleza e arquitetura do lugar, ele também ficou conhecido por uma ação da natureza: evento das marés vivas (subida e descida abrupta da maré em torno do monte).
Embarcamos em um trem em Paris e percorremos esses 360 quilômetros deslumbrados com o cenário do interior da França. Pequenas cidades, sem grande movimento de carro, mas com uma beleza ímpar. Desembarcamos numa pequena estação e subimos em um ônibus para mais alguns minutos até o Monte. Ele é espetacular. Visto de longe e de perto. As construções rochosas e a história “escrita” em cada canto é fascinante. Fechávamos os olhos e tentávamos imaginar tudo que já tinha acontecido por aquelas pequenas vielas. Voltaremos!
Na terça, nosso último dia de passeio, voltamos a alguns pontos turísticos de Paris para registrar nossa mais nova conquista: a medalha da Maratona de Paris. Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Champs-Elysées, Ponte Alexandre III, Madeleine, e Louvre. Ufa! Que viagem.
Obrigado, Paris. Você mudou nossas vidas.